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Roma recebe exposição com 60 obras de Claude Monet.

Mostra conta com quadros cedidos pelo museu do artista, em Paris.

O Complexo do Vittoriano de Roma, também conhecido como “Altar da Pátria”, inaugurou nesta quinta-feira (19) uma mostra com 60 obras do pintor impressionista francês Claude Monet.

A exposição ficará aberta até o dia 11 de fevereiro de 2018, e o público poderá admirar algumas das pinturas mais famosas do artista, que foram cedidas pelo Museu Marmottan Monet, situado em Paris.

A mostra é dividida em seis seções, que contam toda a trajetória do francês. Entre as 60 obras disponíveis, estão desde suas paisagens rurais e urbanas de Londres e Paris até os primeiros retratos de seus filhos.

Claude Monet morreu em 1926, aos 86 anos, e é considerado o “pai” do movimento impressionista.

Galeries Lafayette – Paris – França

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Resumo e abaixo da foto, mais cultura!

A loja original chamava-se “Aux Galeries Lafayette” era um armarinho de 70 m2 onde se vendiam fitas, rendas, chapéus e outros pequenos acessórios de moda. Embora o empreendimento possa ter parecido um pouco arriscado, a localização foi ideal, pois nas proximidades se encontra a Opera, as Grandes Avenidas, e a recente estação Saint-Lazare. Rapidamente, a loja se tornou um sucesso graças a uma fusão de mercadorias bem variadas e aos seus métodos inovadores, Oficinas de design e de produção foram abertas para diferenciar a Galeries Lafayette da Concorrência. Bader Théophile trouxe a moda para as ruas, copiando os elegantes trajes usados na ópera ou nas corridas de cavalo para depois vendê-los a preços acessíveis. A loja se diversificou constantemente. Moda masculina, artigos de decoração, brinquedos e utensílios de mesa, foram adicionados ao lado dos departamentos tradicionais. Aproximadamente 700.000 pessoas passam pelas Galeries Lafayette cada dia, sendo que 80.000 delas são acolhidas pela emblemática loja da Boulevard Haussmann. Reconhecida como a instituição da elegância e do bom gosto francês, ha mais de 100 anos de idade, o grupo Galeries Lafayette é ainda liderado por membros da família fundadora, com um Conselho Fiscal / Conselho de Administração corporativa. Esta saga familiar, única na história do varejo, foi a base de uma visão de gestão e moda a longo prazo. Consumidores da França e do mundo continuam a afluir para as lojas de departamento da Capital da Moda. Como o próprio lema diz: «Algo está sempre acontecendo nas Galeries Lafayette».

CULTURA E PATRIMÔNIO

Se as Galeries Lafayette falassem…

A notável história das Galeries Lafayette teve início no século XIX. Audácia e modernidade pontuaram o trajeto da mais jovem das lojas de departamentos, cujo histórico segue abaixo.

Um início promissor

Em 1893, dois primos da Alsácia, Théophile Bader e Alphonse Kahn, decidiram abrir uma loja de novidades em um pequeno armarinho de 70 m2, na esquina da rue La Fayette com a rue de la Chaussée d’Antin.

Devido à localização e à configuração da loja, cuja circulação se dava ao longo das seções, surgiu o nome “Aux Galeries Lafayette”. Se a aposta era audaciosa, a localização era ideal: a loja se beneficiou da proximidade da Ópera e dos grandes bulevares. A partir da vizinha estação Saint Lazare, chegava todos os dias uma multidão de parisienses e pessoas do interior, atraídas pelo comércio.

Em 1896, a empresa adquiriu o imóvel inteiro da rue La Fayette no. 1, e, a seguir, em 1903, os imóveis do Boulevard Haussmann nos. 38, 40 e 42, bem como o da rue de la Chaussée d’Antin no. 15. Os anos iniciais do negócio foram caracterizados pela “estratégia da pedra”, que acabou criando um importante quadrilátero imobiliário, unificado por uma arquitetura adaptada às necessidades do comércio.

Théophile Bader encomendou as primeiras reformas significativas no Boulevard Haussmann, concluídas em 1907, ao arquiteto Georges Chedanne. Porém, foi de fato em 1912, através dos esforços de seu pupilo Ferdinand Chanut, que a loja adquiriu sua nova dimensão.

“Um empório de luxo”

Inaugurada em outubro de 1912, a loja principal das Galeries Lafayette ganhou naquela época a sua imagem mais espetacular. Théophile Bader sonhava com um “empório de luxo”, em que a abundância e o luxo das mercadorias atraíssem a atenção das clientes. Uma luz dourada, difundida pela cúpula, inundaria a grande galeria e faria brilhar as mercadorias. A aposta deu certo.

Ferdinand Chanut convocou os principais artistas da École de Nancy para decorar este monumento que marcou a Paris Art Nouveau. O corrimão da escadaria monumental, inspirada na Ópera de Paris, foi projetado por Louis Majorelle, que também assinou os ornamentos em ferro das sacadas. A cúpula, que se ergue a 43 metros de altura, se tornou o símbolo das Galeries Lafayette. O mestre-vidraceiro Jacques Gruber criou os vitrais em estilo neobizantino.

A área de vendas foi duplicada, mas a inovação não parou por aqui! Às 96 seções existentes, acrescentaram-se espaços não comerciais: um salão de chá, uma sala de leitura e uma área para fumantes. Devido ao impulso das lojas de departamentos, as compras se tornaram uma atividade de lazer. Na cobertura do edifício, o terraço oferecia uma vista panorâmica de Paris. Eventos extraordinários foram organizados, para divertir uma clientela ávida por espetáculos, dentre eles a célebre aterrissagem de Jules Védrines em 1919. O aviador foi obrigado pagar uma multa por ter sobrevoado Paris a baixa altitude, mas deixou seu nome gravado para a posteridade como o primeiro infrator da história da aviação.

As vitrines possuíam um importante papel na teatralização da área de vendas: elas despertavam todas as aspirações e todos os desejos, uma vocação que desde então não foi desmentida…

A loja do Boulevard Haussmann se tornou o segundo monumento mais visitado, depois da Torre Eiffel. Tratava-se de uma parada obrigatória para as “celebridades” mundiais. Por aqui passou a Duquesa de Windsor, a esposa do Aga Khan, a Begum, e, em março de 1960, em plena guerra fria, a Senhora Khrushchev. Ao se deparar com as escadas rolantes, ela teria exclamado: “Parece o metrô de Moscou!” Mais recentemente, a loja recebeu Bill Clinton, e também o Príncipe Charles, que veio inaugurar a exposição Londres.

 “As melhores compras de Paris”

Desde sua origem, as Galeries Lafayette deixaram clara a sua vocação: a moda e as novidades. Com a intenção de se diferenciar de seus concorrentes, Théophile Bader tomou a decisão de colocar os trajes mais desejados da época ao alcance do todos os orçamentos. Foi assim que ele criou ou adquiriu unidades de produção para fabricar com exclusividade para as Galeries Lafayette os trajes comercializados por sua marca própria.

Ele sabia também que a moda, os gostos e os desejos de seus clientes mudam com rapidez. A fim de estar sempre no gosto do público, o diretor das Galeries pôs em prática um método engenhoso. Ele ia às compras e à Ópera acompanhado de uma desenhista, que copiava discretamente os trajes das senhoras “élégantes”, assinados pelos maiores costureiros da época. Então, esses modelos eram confeccionados com adaptações nos prazos mais curtos possíveis.

A democratização da moda ganhava espaço, e o sucesso não tardou a aparecer. Em pouco tempo, todos corriam para as Galeries Lafayette, desde as parisienses mais abastadas até as pequenas costureiras, as “midinettes”, essas mocinhas que se contentavam com um lanchinho ao meio-dia. Na fachada da rue La Fayette, foi instalada uma imensa faixa, onde se lia: “Galeries Lafayette, a casa que oferece as melhores ofertas de Paris”.

Crescimento e diversificação

A loja diversificava a sua oferta com frequência: aos mostruários tradicionais, uniram-se a moda masculina, mobiliário, brinquedos e artigos de mesa.

Fieis à sua missão de tornar a criatividade acessível, as Galeries Lafayette estenderam às artes aplicadas e ao design o empenho que já dedicavam à moda. Em 1922, a loja de departamentos inaugurou sua oficina de artes aplicadas “La Maîtrise”, confiada ao decorador Maurice Dufrêne, que se tornou seu diretor artístico. A vocação destas oficinas era a produção de “obras” (móveis, tecidos, tapeçaria, papéis pintados, cerâmicas, etc.) “ao alcance tanto dos pequenos quanto dos grandes orçamentos”. Os irmãos gêmeos decoradores Jean e Jacques Adnet figuraram entre seus primeiros colaboradores.

Apesar da crise econômica e financeira de 1929, as Galeries Lafayette empreenderam novas ampliações no Boulevard Haussmann. Em 1932, renovada por Pierre Patout, o arquiteto dos transatlânticos, a loja principal adotou o estilo Art Déco, com bow-windows da autoria de René Lalique.

De 1941 a 1944, as Galeries Lafayette passaram pelo processo de arianização: a família fundadora foi afastada durante a Ocupação, e a empresa foi posta sob a administração do regime de Vichy até a Liberação. Passados os anos sombrios da segunda guerra mundial, teve início a retomada econômica da empresa.

Um novo business model

Para enfrentar os desafios do pós-guerra, as Galeries Lafayette adotaram um novo visual. A modernização da loja principal teve início com a inauguração das escadas rolantes mais extensas da Europa, no Natal de 1951. Em seguida, os corredores internos foram suprimidos e, entre 1957 e 1959, o imóvel teve o acréscimo de dois andares.

A modernização arquitetônica veio acompanhada da ampliação da oferta de produtos, devido, em especial, à criação, em 1952, de uma área de estilo e do cargo de Fashion Director, assim como de contatos com fornecedores estrangeiros e novas operações promocionais. Esta nova diretriz de desenvolvimento levou à organização de grandes exposições estrangeiras. A primeira delas, em maio de 1953, teve como tema “A flor da produção italiana”. Muitas outras se seguiram: “Os Estados Unidos” em 1961, “África” em 1972, “A URSS” em 1974, e ainda “Rostos da Índia” em 1995.

A democratização permaneceu no cerne da vocação da empresa, que, em 1954, concebeu o “Festival da criação francesa”. Um prêmio passou a ser concedido ao “artigo de bom gosto a bom preço, contra a feiura ao melhor preço”.

Novos encontros foram criados com os clientes, como os atemporais “3J”. No sábado de 4 de outubro de 1958, ocorreu “Um dia diferente de todos os outros”, que foi um sucesso. Então, a partir de outubro de 1959, a operação se tornou os “3J”.

No início da década de 1960, jovens estilistas lançaram a moda prêt-à-porter, entre a alta costura e a confecção tradicional. As Galeries Lafayette revelaram a cada temporada estes jovens talentos, colocando à sua disposição pequenas butiques ou corners no interior da loja. A primeira criadora a ter essa honra foi Laura, a futura Sonia Rykiel, em 1962. Dali a pouco, seria a vez de Daniel Hechter, Pierre Cardin, Cacharel, Yves Saint-Laurent e Dorothée Bis.

Lafayette 1, 2, 3

Em 1969, do outro lado da rue de Mogador, foi inaugurada uma nova loja, cujo foco eram os jovens, “o clube dos 20 anos”. Este espaço reunia, pela primeira vez, diversas famílias de produtos (roupas, farmácia, música) adaptadas a um estilo de vida. Logo depois, o Lafayette 2 foi tomado pela moda masculina, com o acréscimo do Lafayette Gourmet, em 1990. As Galeries Lafayette se tornaram, desta forma, o primeiro “centro urbano de serviços”, reunindo butiques, serviços, estacionamento e acesso direto ao metrô.

Em 1974, uma era chegava ao fim, com a remoção da escadaria de honra, e, dez anos mais tarde, a área central do piso térreo passou por uma renovação para abrigar marcas de prestígio.

Em 1980, as Galeries Lafayette criaram o “Festival da Moda”. Até 1999, os “Prêmios do Festival” selecionaram os melhores modelos criados para as Galeries Lafayette, que convidavam os mais célebres diretores artísticos para expor suas produções. As personalidades se sucederam: Karl Lagarfeld, Robert Wilson, Jérôme Savary, Marie-Claude Pietragalla, David LaChapelle etc. En 1984, a exposição “Talentos da França” comemorou a abertura do piso dos criadores, com destaque para a presença de Azzedine Alaïa, Jean-Paul Gaultier, Thierry Mugler e Jean-Charles de Castelbajac.

Em 2001, a marca ampliou seu alcance com a contratação dos serviços de Jean-Paul Goude para sua estratégia de comunicação. Sua primeira campanha publicitária, “As aventuras de Laetitia Casta no país das Galeries Lafayette”, marcou o início a uma longa e frutífera colaboração. O fotógrafo deu ares a um novo espírito, com campanhas iconoclastas que davam corpo aos valores das Galeries Lafayette.

Em 2004, a loja Marks and Spencer do Boulevard Haussmann se transformou na Lafayette Maison quando a marca adquiriu todas as lojas francesas desta etiqueta em 2001. A partir de então, as Galeries Lafayette passaram a exibir suas três fachadas no Boulevard Haussmann.

A serviço da criatividade

As Galeries Lafayette mantêm historicamente uma forte ligação com o universo da moda e da criação contemporânea. A loja do Boulevard Haussmann acolheu eventos de prestígio, apresentando os principais criadores de sua época e revelando ao público os artistas que logo se tornariam referências de seu tempo.

Em 2001, o grupo Galeries Lafayette tomou a decisão de perenizar seu laço com a criação contemporânea, criando a Galerie des Galeries, um espaço de acesso livre no primeiro andar da loja e que valoriza a relação entre arte, moda e design.

Conscientes do valor agregado representado pela criação, e também de seu papel na democratização do belo, as Galeries Lafayette ampliaram este compromisso por meio de suas inúmeras iniciativas de mecenatoA empresa dá suporte a instituições que apoiam os artistas da atualidade, como o Centre Pompidou, o Musée d’Art Moderne e a Villa Noailles em Hyères.

Memória da empresa e pesquisas

As Galeries Lafayette são uma empresa familiar há cinco gerações. Elas atravessaram eras, guerras e crises financeiras, o que comprova sua capacidade de inovação.

Em 2008, a diretoria do Grupo tomou a iniciativa de criar um departamento de Patrimônio, a fim de manter vivas suas raízes, alimentar a consciência da identidade do grupo e aprofundar o elo entre sua organização presente e futura, e sua história.

O departamento tem como missão principal preservar, conservar e valorizar o patrimônio arquitetônico do Grupo e seus arquivos históricos, disponíveis para consulta mediante agendamento. A empresa revive a história do Grupo, em sua complexidade e singularidade.

Visitas guiadas, informações práticas

Descubra mais de cem anos de história por meio de visitas guiadas ao coração das Galeries Lafayette Haussmann. Gratuitas e com duração de 45 minutos, as visitas são organizadas a pedido para grupos de 10 a 20 pessoas.

Para realizar suas reservas, entre em contato no endereço a seguir: patrimoine@galerieslafayette.com, e forneça seu nome, sobrenome, endereço e quantidade de pessoas que desejam  visitá-la.

A equipe de Patrimônio não deixará de sugerir-lhe uma data em função das disponibilidades e da quantidade de inscrições.

Van Gogh, eterno hóspede de Auvers-sur-Oise

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Paul Cézanne (Pintor francês).

Ficamos alguns dias nesta pequena cidade no interior da França, onde apreciamos as paisagens pintadas por Cézanne. Adorei e tive oportunidade de visitar as minas onde ele recolhia o material para preparar as cores que usava em suas telas. Trouxe uma variedade de pigmentos minerais para poder pintar também com a seleção de cores que ele usava. Agora, só falta recomeçar a pintar, pois faz alguns anos que deixei de fazer isto.

Paul Cézanne

19 de janeiro de 1839, Aix-en-Provence (França)<p> 22 de outubro de 1906, Aix-en-Provence (França)​

  • Autorretrato de Paul Cezanne, de 1895Autorretrato de Paul Cezanne, de 1895

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839 e morreu na mesma cidade em 22 de outubro de 1906. Em 1852 ingressou no Collège Bourbon, de Aix, onde se tornou amigo íntimo de Émile Zola, que teve grande influência em sua formação literária. Estudou desenho na Academia de Desenho de Aix entre 1846 e 1848.

Embora contrário à vocação artística do filho, seu pai, banqueiro em Aix, permite-lhe afinal estudar pintura em Paris, em 1861. Cézanne candidata-se à Escola de Belas Artes, mas é recusado e volta à sua cidade. Retornará a Paris, contudo, matriculando-se no Ateliê Libre Suisse, onde conhece Pissarro, Monet, Sisley e Renoir.

Nessa época, ele tem grande admiração por Delacroix e Courbet. Pinta uma série de obras de inspiração romântica. Insatisfeito com o tumulto da cidade e com sua pintura, volta a Aix para trabalhar no banco do pai.

De 1864 a 1870 divide o tempo entre Aix e Paris, fazendo uma pintura empastada, por vezes com espátula, de técnica quase brutal e, frequentemente influenciada por Veronese e Delacroix, pela composição barroca, numa movimentação desordenada que é o inverso de sua obra posterior, contrária aos temas grandiloquentes.

Após uma estada em Aix, em 1873 vai a Auvers-sur-Oise, onde se acha Pissarro, que o encaminha para a pintura ao ar livre do Impressionismo. Inicia-se então a verdadeira carreira do artista. A primeira obra-prima da fase é “A casa do enforcado” (1873), seguida de uma série admirável de naturezas-mortas, tema que, pela simplicidade de motivos, será uma constante em sua obra.

Isolamento

De 1874 a 1877 Cézanne participou das exposições impressionistas, mas sua real ambição era ser aceito no famoso Salão anual, em que a crítica especializada reunia aqueles que ela considerava como os principais artistas. Cézanne, contudo, era sistematicamente rejeitado.

Diante da hostilidade do público, da crítica e mesmo de alguns de seus colegas impressionistas, Cézanne volta a Aix, indo raramente a Paris. Em 1886, rompe com Zola, por sentir-se retratado no romance “A obra”, no personagem de um pintor fracassado.

Cézanne passa a preferir o isolamento, pintando em lugares como Medan, La Roche Guyon e Gardanne, onde sua obra atinge a maturidade, ao incorporar a experiência impressionista à conclusão de que a pintura é produto de uma reconstrução da natureza feita através de um raciocínio lógico.

Depois que os pais morrem, instala-se, em 1898, numa pequena casa de Aix, onde vive solitário com uma velha governanta. Sua arte atinge o auge da depuração nas paisagens de, por exemplo, “O grande pinheiro”, que pode ser admirada na coleção permanente do Museu de Arte de São Paulo – MASP.

Dedica-se, então, a reconstruir a arte dos grandes classicistas, modulando a cor em curtas pinceladas para dar a impressão do volume. Cézanne seria reconhecido pela crítica, por seus contemporâneos e pela posteridade por sua capacidade de executar uma arte que é, antes de tudo, “coisa mental”, fundada em valores despidos de ornamentalismos, ao mesmo tempo que expressa o desenho e a construção rigorosa. Ele é o verdadeiro fundador da arte moderna.

Enciclopédia Mirador Internacional

Vitrais e sua história.

800px-Livraria_Lello_e_IrmãoInicialmente, os vitrais eram uma arte usada nas representações históricas bíblicas dentro das igrejas góticas. Com o passar do tempo, eles foram introduzidos a outros ambientes como forma de decoração. Mas ainda reside nos vitrais a tradição de contar as cenas bíblicas dentro das igrejas.

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A história dos vitrais nos remete ainda aos tempos medievais quando eles surgiram na Europa do século 10, nas igrejas francesas e alemãs, quando foram incorporados na arquitetura gótica. Os vitrais tinham por objetivo ilustrar as cenas bíblicas, contando as histórias por meio de figuras num tempo em que uma pouquíssima parcela da população sabia ler. Os vitrais, portanto, eram essenciais para guiar o povo de acordo com os ensinamentos religiosos através das figuras ilustrativas. E era uma das primeiras artes góticas da História. A cor era elemento essencial para os vitrais que, através da luz que vinha de fora da igreja, despertavam a curiosidade das pessoas em relação às histórias contadas em forma de ilustração. Era um meio de atrair a população às igrejas, com adornos e formas jamais então vistas nas paredes cinzas das catedrais. Há teorias que afirmam que as histórias eram ilustradas nas janelas, e não nas paredes, por causa da luminosidade que remetia à ideia do espírito da luz que atingia os lugares santos, dentor de uma concepção religiosa. A janela, colorida e iluminada, era uma metáfora de portal entre um mundo e outro, entre o universo terreno e o espiritual.

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Nos vitrais também se vê a promessa bíblica da salvação, do paraíso e da vida após a morte terrena, fatos que levavam o povo à frequentar a igreja na esperança de serem, após a morte, recompensados. Esta arte era mais uma forma de pregação que a igreja encontrou para chamar os fiéis a uma vida centrada nas Escrituras.

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Hoje, os vitrais não são suficientes para atrair as pessoas a uma vida religiosa, no entanto, eles atraem pelo belo aspecto, pela história e pela riqueza artística.

Fonte: Obvious.

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