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Arquivo | dezembro 2016
Gianni Versace –

A história
O estilista Gianni Versace nasceu em uma família pobre na cidade de Reggio Calábria, região italiana da Calábria, no dia 2 de dezembro de 1946, e herdou o talento da mãe, Francesca, que dirigia um ateliê de costura. Trabalhou e aprendeu com ela por algum tempo, desenhando as roupas que eram vendidas com razoável aceitação, até que, aos 25 anos, em 1972, recebeu uma encomenda do dono de uma confecção chamada Florentine Flowers: deveria criar uma coleção, a ser produzida em Milão. O resultado foi um sucesso, logo seguida por outra coleção criada para a empresa De Parisini. A decisão, então, foi tomada: ele mudou-se para Milão, cidade onde começou a criar coleções para marcas importantes da época como Genny, Complice e Callaghan.
Em julho de 1977, a respeitada revista de moda norte-americana Harper’s Bazaar já previa uma carreira brilhante para o jovem estilista, que na época ainda criava para a Complice. Finalmente em 1978 o estilista fundou a VERSACE COMPANY em parceria com o irmão Santo, nomeado diretor geral, e sua irmã Donatella, responsável pelas campanhas publicitárias, e, no mesmo ano, lançou sua primeira coleção feminina, batizada de GIANNI VERSACE DONNA, na Galeria de Arte Permanente de Milão. Em setembro desse mesmo ano, lançou suas roupas masculinas, em sua própria loja, localizada na Via della Spiga. Logo, o “príncipe da moda”, como foi batizado mais tarde, havia se tornado o “queridinho” da mídia especializada e seu estilo já era inconfundível: a mulher VERSACE tinha uma imagem sexy e poderosa. Com seus cortes distintos, Gianni tinha a fama de ser um excepcional alfaiate, que adorava utilizar cores vibrantes e tecidos brilhantes, e não demorou muito para ganhar reconhecimento internacional. O estilo da marca se caracterizava pela escolha de tecidos inéditos e sua utilização criativa: a combinação de couro e seda, bordados e estampas, metais e plásticos.
Seu estilo encontrou nos anos 80 o ambiente perfeito para tornar-se um sucesso no mundo da moda. Com sua moda chamativa, de cortes distintos, além dos exageros bem calculados que remetiam muito ao excesso desta década, conquistou artistas, celebridades e até princesas. Lady Di era uma de suas amigas mais próximas e também uma cliente fiel, apesar de seu estilo sóbrio e elegante. Mais uma prova da genialidade do estilista. Em 1982 começou a fazer e criar roupas para óperas, balés e teatros, iniciando uma forte relação da grife com as artes.
O estilista italiano foi um dos primeiros a explorar o couro na alta costura, mostrando personalidade e inovação ao utilizar materiais inéditos a cada desfile. Criou o fenômeno da “top model”, afinal supermodelos como Claudia Schiffer e Cindy Crawford ganharam fama junto com a grife e se tornaram símbolos de beleza no mundo inteiro; e ainda participou ativamente de projetos do show business. Estava à frente de seu tempo, de seus colegas, mas soube cativar fãs e principalmente a crítica especializada. A década de 90 começou com a apresentação de uma coleção de alta-costura; a inauguração de lojas em Paris, Nova York e Londres; seguida, em 1994, pela loja âncora da marca em Kurfürtendann na cidade de Berlim.
Na manhã de 15 de julho de 1997, uma notícia abalou o mundo da moda: Gianni Versace foi morto com dois tiros na nuca na porta de sua mansão de 35 quartos, localizada na badalada Ocean Drive em South Beach, na ensolarada Miami, quando se preparava para uma breve caminhada matinal. O crime deu um final brusco e inesperado a uma carreira que ainda estava no auge. O assassino, Andrew Cunanan, um gigolô homossexual fanático por notoriedade, na época com 27 anos e suspeito de outros quatro homicídios, o que o caracterizava como provável assassino em série, se suicidou uma semana depois.
A tragédia deixou o mundo da moda perplexo, abalado e preocupado com o futuro de uma das grifes mais bem sucedidas da atualidade. Quem herdaria a missão de dar continuidade ao trabalho único de Gianni Versace? A resposta veio de forma rápida: Donatella Versace, a irmã mais nova de Gianni, que foi sempre sua musa e conselheira. Logo se firmou como braço direito do estilista, que não tomava decisões sem consultá-la. No início, cuidava dos ensaios fotográficos e das campanhas publicitárias. Mais tarde, passou a criar acessórios e, em 1993, já assinava coleções de roupas infantis para a Versace Young. Com sua paixão pelo universo pop, teve peso decisivo para dar um toque de contemporaneidade às campanhas publicitárias e, mais tarde, a Versus, a linha jovem da marca. Após a morte do irmão, assumiu automaticamente a diretoria de criação de todas as linhas, que vão do prêt-à-porter, passando pela Versus, o infantil, o jeans, até óculos, perfumes, maquiagem e acessórios, sempre auxiliada pela sobrinha Allegra Versace Beck (que ao completar 18 anos em 2004 se tornou dona de 50% do império VERSACE).
Com um novo olhar sobre o mundo em plena virada do século e uma nova estratégia de atuação, Donatella, definida como o alter ego do estilista, se lançou em busca de segmentos alternativos, mas não menos lucrativos, como por exemplo, o lançamento de uma linha de maquiagem, conhecida como VERSACE BEAUTY, e a inauguração de um complexo formado por um condomínio de luxo e um hotel cinco estrelas, o Palazzo Versace, na Austrália. Com muito talento e originalidade, a estilista manteve o clima de escândalo que sempre acompanhou as criações e a vida de Versace. O bom momento vivido pela grife italiana também coincidiu com a contratação de Gian Carlo Di Risio como CEO em 2004. Ele colocou a casa em ordem. Fechou mais de 40 butiques em todo o mundo, abriu escritórios em Nova York e Tóquio, além da filial de Milão, assumiu o controle da maioria das lojas, que até então eram franquias, e investiu em setores como hotelaria e decoração. O resultado: hoje a empresa respirou aliviada com um excelente lucro operacional e um saldo de caixa de milhões de euros. Recentemente a marca VERSACE inaugurou diversas lojas pelo mundo, sobretudo no continente asiático. Hoje em dia, a marca VERSACE, de imediato, nos remete a um glamour escandaloso, a uma sensualidade atrevida, à riqueza e à ousadia. Também nos faz lembrar de vestidos majestosos, estampas rebuscadas, decotes e fendas.
A linha do tempo
1981
● Lançamento do primeiro perfume feminino da grife italiana.
1984
● Lançamento do primeiro perfume masculino da marca, batizado de VERSACE L’HOMME.
1989
● Lançamento da VERSUS, segunda linha da grife, mais jovem e mais acessível.
1991
● Lançamento da VERSACE COUTURE JEANS, uma linha de roupas mais despojadas, em especial calças jeans.
● Lançamento da linha SIGNATURE, com roupas de entonação clássica.
1992
● Lançamento dos famosos corpetes VERSACE, uma fusão de maiôs da época com vestidos do século 18, com alças decoradas que faziam vezes tanto de ornamentos em estilo rococó quanto de fivelas funcionais.
1993
● Criação da VERSACE YOUNG, composta por produtos direcionados para o público infantil.
● Lançamento dos primeiros itens (tapetes, toalhas de mesa, lençóis, toalhas de banho e luminárias) para decoração com a assinatura GV HOME SIGNATURE.
1994
● Lançamento, em parceria com Frank Muller, da primeira coleção de relógios da grife italiana chamada Atelier.
● Lançamento da primeira coleção de jóias finas da grife italiana.
● Lançamento dos famosos perfumes VERSACE BLUE JEANS e VERSACE RED JEANS.
1995
● Lançamento dos perfumes VERSACE BLONDE for HER e VERSACE BABY BLUE JEANS.
1996
● Lançamento do perfume VERSACE GREEN JEANS.
● Lançamento do clássico perfume VERSACE DREAMER.
1997
● Lançamento do perfume VERSACE BLACK JEANS.
● Lançamento de seus primeiros produtos de maquiagem.
1999
● Lançamento do perfume masculino VERSUS.
2000
● Lançamento do perfume VERSACE ESSENCE.
2001
● Lançamento da primeira coleção de móveis da grife.
2006
● A Samsung uniu-se a Versus (linha de produtos da VERSACE voltada para os jovens) para desenvolver o design da linha de celular Samsung E500. Além de ter uma aparência totalmente feminina, este aparelho ainda possuía vários aplicativos onde além de tirar as fotos, havia também um contador de calorias. Vale ressaltar que a tela também podia ser utilizada como um espelho.
2007
● Apresentação do projeto para os helicópteros Agusta Westland. A parceria fashion une a tecnologia e a eficiência da Agusta Westland na fabricação de helicópteros de luxo com a irreverência e a criatividade da VERSACE em desenvolver exclusivos designs para o interior destas aeronaves, usando materiais de primeira linha e combinando elegância e conforto.
2008
● Inauguração da primeira loja VERSACE HOME, especializada em móveis e objetos de decoração.
2009
● Lançamento do perfume feminino VERSENSE, direcionado para uma consumidora mais jovem e moderna.
● Lançamento da VERSACE COLLECTION, linha que custa aproximadamente 30% menos que a marca principal.
2011
● Lançamento do perfume feminino VERSACE VANITAS, cuja campanha de lançamento trazia o rosto da linda modelo americana Lindsey Wixson, que com apenas 16 anos mostra uma carreira ascendente dentro do universo fashion.
Os ícones
Alguns ícones do estilo da grife italiana são: a reprodução de obras de artistas como Andy Warhol (que teve seus trabalhos celebrados nas coleções da VERSACE em 1991 com referências a Marilyn Monroe e James Dean) e Klimt (serviu de inspiração para o estilista, que, em meados dos anos 90, criou vários modelos com estampas do artista) em suas coleções; aplicações de metal e efeito metalizado em tecidos fluidos; substituição de costuras por grandes alfinetes dourados; referências ao Barroco (no início dos anos 90, silhuetas sinuosas, estampas e acessórios com alusão ao barroco e aos mosaicos bizantinos marcaram a temporada da grife) e à Renascença; estampas que homenageiam as suas fontes de inspiração. Entre as suas criações mais famosas estão: o vestido safety pin, imortalizado por Liz Hurley, composto de alfinetes de segurança dourados que se prendiam ao tecido; sua coleção inspirada na Pop Art; a campanha protagonizada por Madonna em 2000; e o lançamento de sua linha de decoração que teve o ator Sylvester Stallone e Claudia Schiffer posando nus e escondendo as partes sexuais com um prato e um cinzeiro.
Moda com arte
A inclinação para as artes era uma face marcante de Gianni Versace que, além de pintar elaboradas estampas, buscava inspiração em obras de artistas consagrados e muitas vezes as reproduzia em suas roupas. O italiano também revelou para o mundo o talento de fotógrafos como Helmut Newton, Herb Ritts, Steven Meisel, Richard Avedon e Bruce Weber. O estilista também se dedicou ao teatro e à dança, criando figurinos para vários espetáculos como o “Lieb und Leid”, balé inspirado na sinfonia do compositor austríaco Gustav Mahler, para o qual Gianni fez o figurino do espetáculo em 1983. Em toda sua carreira, procurou transportar seu estilo erudito para o universo pop da moda, reciclando as suas referências à Renascença e ao Barroco para adaptá-las à mulher contemporânea. Essa paixão pelas artes se estendeu à encenação que é inerente ao universo da música, seja ópera ou rock – e a atração entre VERSACE e esses artistas era mútua. Elton John (o figurino da turnê mundial em 1992 foi criado por VERSACE), Prince, Sting (emprestou sua imagem e extravagância em 1993 para uma campanha da grife, vestindo terno, gravata e botas vermelhas), Madonna, Bon Jovi e Courtney Love já apareceram em suas campanhas e a maioria deles manteve uma relação de amizade e parceria com o estilista. Ele sempre soube captar muito bem a extravagância peculiar desses artistas e vesti-los como verdadeiros ícones de seu tempo, enquanto emprestavam sua imagem e seu apelo junto ao público para promover a marca italiana.
Os hotéis
Nos últimos anos, várias grifes de moda anunciaram a criação de hotéis, migrando do segmento de varejo de produtos para o de serviços e abrindo uma nova fronteira de crescimento. A VERSACE foi uma delas ao inaugurar em setembro de 2000 o PALAZZO VERSACE, na cidade de Brisbaine, localizado na região chamada Costa Dourada (Golden Coast) da Austrália, sendo o único hotel seis estrelas do país e que consumiu investimentos de US$ 300 milhões. No Palazzo, reina a opulência, bem ao estilo VERSACE. Medusas estão por toda parte e a arquitetura lembra os palácios europeus. As ruas de acesso são de mosaico de pedras, trazidas da Itália; o lustre da entrada, de 750 quilos, costumava ornar a biblioteca pública de Milão; os pisos são de mármore de Carrara com trechos de mármore azul, uma raridade importada do Brasil.
Dos guardanapos ao sabonete do lavabo, tudo no hotel foi pensado para que o hóspede “respire” o estilo rebuscado da marca. Cinco lagoas “man-made” circundam o hotel: são de água salgada tratada, aquecida a 25 graus. Há uma marina exclusiva para os hóspedes, que funciona 24hs, além de um luxuoso spa. Na butique, claro, vende-se de tudo da marca: bolsas, perfumes, roupas, acessórios, louça e maquiagem. O Palazzo conta com 205 quartos, incluindo duas suítes de 160 metros quadrados. Há também 72 condomínios, como são chamadas as áreas com dois ou três quartos interligados, com cozinha e lavanderia. O exclusivo hotel já recebeu mais de 420 mil hóspedes desde sua inauguração, entre eles celebridades como Emma Thompson, Rod Stewart e os Rolling Stones. Em 2012, um segundo hotel será inaugurado em Dubai. O hotel de altíssimo luxo será composto por 213 quartos, 163 chalés de luxo, uma praia com sistema de refrigeração no solo, que mantem a areia a 22°C, e um sistema de refrigeração para formar uma brisa. Além disso, terá três piscinas com peixes e corais, lagos exuberantes, restaurante, bares, luxuosíssimo SPA, e claro, uma loja da grife italiana.
O símbolo
O logotipo da marca VERSACE é a imagem mitológica da cabeça de mulher com serpentes no lugar dos cabelos. Segundo os gregos, era uma divindade cujo olhar transformava em pedra aqueles que a encaravam. Em uma análise do trabalho de VERSACE, o historiador Richard Martin descreve a imagem da medusa não como um logotipo de grife italiana no sentido que a moda a entende, um emblema na tradição renascentista, mas como um estilo de vestir, um estilo de vida. A força desse simbolismo mitológico foi explorada de forma sutil e eloqüente na campanha primavera/verão de 2003. Nas fotos do badalado Steven Meisel, as linhas que sobem do tórax ao queixo dos modelos fazem alusão ao desenho de uma serpente, assim como as serpentes na cabeça da medusa – detalhe que jamais seria notado por alguém desavisado. Uma vez percebidas, entretanto, as serpentes de Steven Meisel hipnotizam. Segundo amigos próximos de Gianni, foi em um palácio do século XVIII na Via del Gesù, em Milão, comprado por ele em 1981, que o estilista encontrou inspiração para a logomarca de seu império, ainda em ascensão. Ao notar o desenho de uma cabeça de Medusa no trinco da porta de entrada da mansão, ele decidiu que usaria a imagem para representar o clássico, o sensual, o perigoso e o teatral.
A evolução visual
A famosa Medusa, símbolo com presença constante no logotipo da grife italiana, passou por pequenas modificações ao longo dos anos.
Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1978
● Fundador: Gianni Versace e Santo Versace
● Sede mundial: Milão, Itália
● Proprietário da marca: Gianni Versace S.p.A.
● Capital aberto: Não
● Chairman: Santo Versace
● CEO: Gian Giacomo Ferraris
● Diretora artística: Donatella Versace
● Faturamento: €280 milhões (2010)
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: + 100
● Presença global: + 60 países
● Presença no Brasil: Sim (1 loja)
● Funcionários: 1.100
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Roupas e acessórios, perfumes e objetos de decoração
● Principais concorrentes: Giorgio Armani, Dolce & Gabbana, Gucci e Prada
● Ícones: A Medusa e a extravagância
● Website: www.versace.com
A marca no mundo
Os produtos da grife italiana são comercializados em 103 lojas próprias, além de 123 espaços exclusivos dentro de luxuosas e badaladas lojas de departamentos, em Duty Free nos aeroportos e em um grande número de lojas multimarcas em mais de 60 países. Hoje em dia o grupo é proprietário das marcas VERSACE, VERSUS (sua segunda linha, mais jovem e mais barata), VERSACE JEANS COUTURE, VERSACE CLASSIC V2, VERSACE SPORT, VERSACE INTENSIVE, VERSACE YOUNG, VERSACE BEAUTY e PALAZZO VERSACE (exclusivos hotéis da grife).
Você sabia?
● O ego altamente inflado de Gianni lhe rendeu rivais do quilate de Giorgio Armani, outro célebre estilista italiano. Certa vez, Gianni disse que “Armani vestia as esposas e Versace, as amantes”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 24/10/2011
Decor…
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Estilosas, querem conhecer o quarto do Presidente Eleito dos EUA?
CHRISTIAN LOUBOUTIN

A história
Antes que a maioria das mulheres comuns conseguisse decorar Manolo Blahnik, o peculiar nome que se transformou em sinônimo dos sapatos mais chiques do planeta, outro estilista, de nome mais complicado ainda, vai assumindo a posição de autor do salto agulha que toda consumidora louca por moda (e com a carteira recheada de dinheiro) precisa ter. Christian Louboutin, mistura de francês com vietnamita, não é novato no ramo, mas agora chegou ao topo, segundo as caprichosas preferências do mercado de luxo. Tem duas marcas registradas: o salto altíssimo (na faixa dos 12 a 13 centímetros) e a sola laqueada pintada de vermelho-sangue.
Em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, ele contou que a idéia de pintar a sola de vermelho laqueado veio num momento em que ele achava que suas criações precisavam de um toque especial. “Uma funcionária minha sempre pintava as unhas. Um dia peguei o esmalte dela, passei na sola, e o sapato ganhou vida” disse o designer. Depois disso, nunca mais os solados de um LOUBOUTIN passaram despercebidos. Em 1979, com apenas 15 anos, ele já conhecia a noite parisiense, as salas de música e teatros da cidade e, vidrado por esse universo sensual, decidiu criar sapatos para vender às dançarinas do Moulin Rouge e do Folies Bèrgere.
Fascinado por sapatos desde criança, o designer usou como base de suas primeiras coleções rascunhos de infância feitos em seus cadernos de escola. Sem loja, ele ia a cabarés e boates para vender seus sapatos. “As mulheres ficavam nuas, mas continuavam calçadas”, contou ele certa vez em uma entrevista à revista Marie Claire. Na época, porém, eram freqüentes os “nãos” de mulheres que alegavam não ter dinheiro. Ex-aprendiz do mestre Charles Jourdan (com ele aperfeiçoou os mais ou menos 100 passos para a confecção de um salto agulha perfeito) no começo da década de 80, Louboutin trabalhou para grandes grifes mundiais, como Roger Vivier (o criador do salto agulha), Christian Dior, Chanel e Yves Saint Laurent, e até como paisagista e colaborador da revista Vogue, antes de se estabelecer, com a ajuda de dois amigos, por conta própria em Paris, no ano de 1992, com a inauguração de sua primeira loja na Galerie Vero-Dodat, uma elegante galeria parisiense próxima ao Museu do Louvre.
Um exemplar da sua primeira fornada foi direto para o acervo permanente do Instituto de Moda do Metropolitan Museum de Nova York. A segunda coleção, intitulada “Trash”, não tinha nada de lixo, mas utilizava como decoração bilhetes de ônibus, tampas de latinha de cerveja e outras traquitanas do cotidiano. Quatro meses após a inauguração da boutique, uma jornalista americana da W Magazine estava em Paris para descobrir novos endereços “trend” na cidade. Foi quando ela ouviu uma animada conversa de duas mulheres sobre os sapatos da boutique de Christian Louboutin; uma delas era a Princesa Caroline de Mônaco. A matéria foi publicada, o negócio decolou e o resto é história.
Os sapatos de Louboutin não são mesmo para qualquer uma. Dois anos mais tarde, em 1994, a marca inaugurou uma loja na cidade de Nova York. Um modelo básico custa em torno de US$ 500, mas pode ultrapassar facilmente a cifra de US$ 1.000 dependendo do material com o qual é feito. O preço não é exatamente de obra de arte, mas o designer já transformou seus sapatos em peças dignas de exposição, literalmente. Recentemente, o cineasta David Lynch, de quem é amigo íntimo, fotografou os modelos e organizou uma mostra em Paris em 2007. Também recentemente o estilista, famoso por seus sapatos de salto alto que viraram hit fashion, apresentou uma novidade que deixou muita gente surpresa: um tênis. O par de tênis estampado e texturizado como um leopardo estava a mostra em recente evento para a imprensa, organizado pela marca. Em 2007 a marca inaugurou sua primeira loja na Ásia, localizada em Hong Kong.
No dia 22 de abril de 2009, CHRISTIAN LOUBOUTIN inaugurou no shopping Iguatemi sua primeira loja na América Latina. Dividido em três salas, uma delas fechada por espelhos para atendimentos particulares, o novo local apresenta os sofisticados e inconfundíveis sapatos de solado vermelho-sangue. Com perspectiva de aumentar ainda mais o alcance da marca foi lançada recentemente uma linha de bolsas – cujo preço, na Europa, vai de €800 a €1.3 mil – e novas lojas próprias em cidades como Miami, Dubai e Brasília (que ganhou sua loja em 2011). Não à toa, que as exportações representam 95% de suas vendas, que, desde 2005, apresentam crescimento de 30% a 40% ao ano. O renome da marca CHRISTIAN LOUBOUTIN e da sola vermelha é tamanho que em 2009 a empresa assinou um contrato de um ano com a Mattel, fabricante da boneca Barbie, já que três modelos da boneca produzidos neste ano calçavam sapatos de sola vermelha. Não é à toa que a CHRISTIAN LOUBOUTIN é considerada pelo Luxury Institute, há três anos seguidos, a marca de sapatos mais desejada do mundo.
Estilo próprio
O estilista conquistou o mundo da moda com modelos completamente despojados, primando pelo design e pela combinação de cores e adornos arrojados, com saltos que já chegaram a 25 centímetros de altura, num modelo feito por encomenda. Nas lojas, o máximo à venda são 16 centímetros de altura, mas Louboutin revela que a média dos modelos fica com módicos sete ou oito centímetros. Há ainda, pasmem as apreciadoras das pequenas torres criadas pelo francês, os modelos rasteiros, totalmente no chão. Mas foi na esfera das festas, dos tapetes vermelhos, das ocasiões em que todo mundo comenta o que todo mundo usa que Louboutin se superou – como bem atestam freguesas fiéis como Caroline de Mônaco, Nicole Kidman e, surpresa, Sarah Jessica Parker.
Seus sapatos são fabricados na Itália, em uma cidade perto de Milão, e criados no atelier do designer, em Paris. Seu modelo mais caro, chamado de Lady Rings, é de camurça com cristais, e tem preço de €1.290. O Pesce, fazendo jus ao nome, desenha com recortes de couro uma exótica carpa. O preço médio fica em torno dos 500 euros. Recentemente, dois modelos feitos em parceria com o bordador Jean-François Lesage, em homenagem a Maria Antonieta, prometem virar peça de museu. Produzidos em edição limitada de apenas 36 pares, as peças foram colocadas à venda por US$ 6.295 apenas na butique da Madison Avenue, em Nova York.
Campanhas ousadas
A marca CHRISTIAN LOUBOUTIN é tão ousada e surpreendente como seu criador. Isto pode ser comprovado na inovadora e provocativa campanha de outono/inverno 2011 que faz sátiras fashionistas a grandes obras de arte. São telas clássicas de pintores conceituados como François Clouet, James McNeil Whistler e Jean-Baptiste-Camille Corot. O responsável pela criação das imagens, que conta com as mais famosas criações da marca, conhecida pelo solado vermelho, enfeitando pinturas muito conhecidas pelo mundo afora, é o renomado fotógrafo Peter Lippmann. Uma delas foi inspirada no quadro Elizabeth of Austria, de Francois Clouet, e conta com os sapatos Madame au Pigalili, em dourado, e a bolsa de mão Catalina. Outra delas é o quadro Whistler’s Mother, de James McNeil Whistler, que foi combinado com a bota Tootsie, de couro e salto altíssimo.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1992
● Fundador: Christian Louboutin
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Christian Louboutin LLC
● Capital aberto: Não
● CEO e estilista: Christian Louboutin
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: 36
● Presença global: 51 países
● Presença no Brasil: Sim (2 lojas)
● Funcionários: 300
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Sapatos, sandálias e bolsas
● Principais concorrentes: Jimmy Choo e Manolo Blahnik
● Ícones: As solas vermelhas dos sapatos
● Website: www.christianlouboutin.com
A marca no mundo
A marca CHRISTIAN LOUBOUTIN possui atualmente 36 lojas próprias e 200 pontos de venda (localizados dentro de famosas lojas de departamento) em 51 países ao redor do mundo. Suas lojas estão localizadas em cidades cosmopolitas como Paris, Londres, Nova York, Los Angeles, Moscou, São Paulo, Cingapura, Hong Kong e Jacarta. Os Estados Unidos, onde a marca possui 5 lojas, é responsável por 40% de suas vendas.
Você sabia?
● Na pele da personagem Carrie Bradshaw, da série Sex and the City, a atriz americana se tornou a maior propagandista de Manolo Blahnik, mas se casou na vida real usando um LOUBOUTIN – de sola azul, a cor exclusiva dos sapatos de noiva da marca.
● A melhor cliente da marca é a autora Danielle Steel, que juntamente com suas muitas filhas, possui mais de 600 pares de sapatos e sandálias da CHRISTIAN LOUBOUTIN.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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PRADA: UMA CAMINHADA DE 103 ANOS
Mudam-se os tempos, mas não muda a humana vontade de requinte e sofisticação.
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Prada: uma caminhada de 103 anos
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Prada: uma caminhada de 103 anos40 peças com pelo que são bons investimentosPrada: uma caminhada de 103 anos
Pelos ínvios caminhos do Senhor, Bento XVI avança com os passos suavizados pelo toque da melhor pele. “São Prada”, sussurra-se nos bastidores do Vaticano a propósito das “sandálias” deste pescador, o 265.º mortal a ocupar a cadeira de São Pedro. No outro extremo da escala de santidade (ou talvez não, só Deus sabe) está Anna Wintour, a todo-poderosa e, ao que reza a lenda, maquiavélica editora chefe da Vogue norte-americana. O Diabo veste de Prada, chamou-lhe Lauren Weisberger no best-seller rapidamente adaptado ao cinema. A casa de moda italiana agradeceu a publicidade gratuita: na História da Humanidade, há poucas coisas mais eternas do que o velho charme dos vilões.
Tudo começou há 103 anos. Em 1913, os irmãos Mario e Martino Prada abriram, nas Galerias Vittorio Emanuele (o coração comercial de Milão), uma loja destinada a vender malas e outros produtos em pele, tudo com o maior requinte. “Fratelli Prada – Valigerie” assim lhe chamaram. Viviam num tempo totalmente diverso do nosso, em que viajar só estava ao alcance dos muito ricos, sendo, mesmo assim, uma aventura digna da atenção de Agatha Christie e outros profissionais do mistério. Nessa Milão dominada pelo clã Visconti e pelos maestros do Teatro alla Scala, os primeiros clientes da Prada encomendavam os enormes malões com que embarcavam em transatlânticos ou em comboios como o Expresso do Oriente, bem como os acessórios que com eles combinavam: luvas, carteiras, malas de senhora, botas de homem.
Em 1919, tão bons e leais serviços foram reconhecidos pelos reis de Itália: Vittorio Emanuelle III e sua esposa Elena de Montenegro atribuíram à Prada o título de fornecedores oficiais da casa de Saboia, sendo-lhes, por isso, permitido associar as armas reais ao logotipo da marca. Ainda hoje, na primeira loja, esse ambiente Belle Époque, digno de ser recriado num filme de Luchino Visconti, é evocado com painéis mostrando navios que sulcavam oceanos à velocidade dos sonhos.
OBJETO DE FASCÍNIO
Não é um livro barato, mas, como tudo o que traz o selo da Prada, é um luxo para os sentidos e um deleite para a inteligência. Antecipando o centenário, a marca publicou em 2009 um monumental volume sobre a História da casa, mas também alguns dos conceitos e princípios adotados na atualidade, nomeadamente a importância das relações com a Arquitetura e as Artes Performativas. Entre os colaboradores do volume contam muitos artistas e designers que, nas últimas décadas, têm contribuído para o sucesso global da Prada. À venda na loja Prada, em Lisboa.
No turbilhão trazido pelas duas guerras mundiais, o fascismo italiano e o advento da sociedade de consumo tal como a conhecemos, não foi fácil aos irmãos Prada manter o negócio acima da linha de água. A classe social a quem serviam acreditara que, uma vez mais, era preciso fazer alguma coisa para que tudo ficasse na mesma, mas, dessa vez, o terremoto fora demasiado profundo para que tal ainda fosse permitido. Na Itália do pós-II Guerra Mundial os heróis pareciam-se mais com jovens como Marcello Mastroianni ou Vittorio Gassman do que com os elegantes, mas atormentados, protagonistas dos romances de D’Annunzio. A mochila caía-lhes melhor do que uma sofisticada mala made by Prada.
O quadro econômico da empresa, em 1978, quando Miuccia a herdou da sua mãe Luisa, filha de Mario, não andava, pois, longe da falência. Estudante de Ciências Políticas na Universidade, aluna de Mímica no Piccolo Teatro, esta menina bem-nascida preferia as artes e a intervenção no mundo real a uma profissão no mundo da moda, coisa tida por fútil e decadente nessa época marcada por desafios políticos e ideológicos diários. Apesar do meio privilegiadíssimo a que pertencia, Miuccia andou então muito próxima do Partido Comunista, do Feminismo, participou em brigadas que colavam cartazes incentivando a população a vários tipos de desobediência civil. A voz do sangue acabou, no entanto, por “falar” mais alto e ela acabou por aceitar recolher o testemunho das gerações anteriores. Mas, como veremos, muito à sua maneira.
Nesse ano em que foi confrontada com a responsabilidade pela sua herança, Miuccia conheceu Patrizio Bertelli, um jovem e enérgico empresário da Toscana com conhecimentos profundos neste setor de mercado. Apaixonaram-se, casaram, tiveram filhos e, de uma mescla bem-sucedida de sentido empresarial e muita criatividade, criaram a fórmula capaz de dar novo fôlego à ambiciosa marca dos irmãos Prada.
A década de 80, que marcou o auge do dress to impresse do sartorialism de qualidade (fazendo a felicidade financeira de criadores como Giorgio Armani e Hugo Boss), permitiu a consolidação desta nova fase da vida da empresa da Lombardia. Em 1983, a Prada abria uma segunda loja, em Milão, na Via della Spiga. O desejo de modernização estava bem expresso aos olhos do visitante, quer através da arquitetura de interiores (com uma identidade bem diversa da primeira loja, bem mais tradicional), quer da inclusão, no catálogo, de toda uma gama de acessórios complementares das malas de mão e bagagem para viagens de luxo, nomeadamente através dos sapatos para homem e mulher.
Era um império em franca ascensão. Dois anos depois, foi apresentada em Milão a primeira coleção de roupa feminina. Em 1992, estimulada pelo indesmentível sucesso, Miuccia criava uma nova marca – a Miu Miu – destinada a um público mais jovem do que o que habitualmente visitava a casa-mãe. Hoje, apesar das nuvens negras pairando sobre o mundo ocidental, a Prada continua a movimentar um volume de negócios na ordem dos dois biliões de libras por ano e a despertar os sonhos consumistas de milhões de cidadãos de todo o mundo.
Do que Miuccia não abdica é de um estilo que agrada às sucessoras das heroínas de Visconti: mulheres com segredos que sabem que o cúmulo do poder está precisamente em não o exibir. Um pouco como Miuccia que desconcerta os jornalistas de moda com o seu velho telemóvel Nokia e declarações que desconstroem sem medo a autoimportância em que o setor gosta de se envolver. “A moda da Prada continua a ser feminina, mas não de um modo romântico. É tudo sobre força. Na verdade, estou sempre a pesquisar novas ideias sobre beleza e feminilidade e o modo como elas são percepcionadas na arte contemporânea”, afirmou recentemente numa entrevista.
Miuccia considera que nada nem ninguém pode ser maior ou mais fascinante do que a vida.
A este conceito tão particular da arte de bem trajar está subjacente uma cultura a que não é estranha a paixão de Miuccia pela arte contemporânea, de que é uma colecionadora apaixonada. A mulher que transformou o nylon preto no mais importante acessório de moda da década de 80, instituiu, com o marido, a Fondazione Prada (em 1995), com o objetivo de apresentar ao público os desafios mais radicais da Arte e da Cultura Contemporânea. Desde então, com o alto patrocínio do casal, a Fundação deu a ver trabalhos de artistas como Sam Taylor-Wood, Anish Kapoor e Marc Quinn, exibidos no quartel-general da empresa em Milão, onde também são apresentadas habitualmente as suas coleções. Do mesmo modo, a marca solicita regularmente a colaboração de criadores muito vanguardistas, nomeadamente no design das cerca de 250 lojas que hoje detém por todo o mundo.
A insaciável curiosidade artística de Miuccia leva-a também a estabelecer frutuosas pontes entre a Moda e o Cinema. Demonstram-no os filmes de animação de James Lima que acompanharam o lançamento das coleções Trembled Blossoms ou Fallen Shadows.
Esta proximidade com o mundo das artes foi decerto uma da razões que recentemente levou o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque a estabelecer paralelismos entre a atividade e concepção de moda de Miuccia Prada e outra criadora italiana, Elsa Schiaparelli (1890-1973), que revolucionou o setor na década de 30, inventando, entre outras originalidades, o cor-de-rosa choque. Membro da antiga aristocracia romana, e senhora de uma segurança a toda a prova, a criadora tinha uma relação criativa muito frutuosa com artistas que hoje são parte da História do século XX, como Salvador Dalí ou Alberto Giacometti.
Não se espere, todavia, que Miuccia comece a criar chapéus em forma de sapato ou vestidos de noite adornados com uma lagosta gigante (ainda hoje as peças mais reconhecidas alguma vez saídas da “forja” de Schiaparelli). A colaboração com artistas fica (e já não é pouco) pelo trabalho de patrocínio desenvolvido pela Fundação.
Existem ainda outras diferenças fundamentais. Ao contrário da sua exuberante compatriota (e de tantos colegas de ofício), Miuccia Prada não aprecia o gênero show off. Como o quartel-general da Prada, em que domina a decoração a preto e branco, ou o seu estilo pessoal, composto por um pullover simples, uma saia rodopiante, saltos altos e pequenos brincos, um estilo vagamente intelectual mesclado por uma suave pitada de fantasia. Schiaparelli era bigger than life. Miuccia, pelo contrário, considera que nada nem ninguém pode ser maior ou mais fascinante do que a vida.
Como escreve a jornalista Dana Thomas, autora de Deluxe: How Luxury Lost its Luster, “entra-se na Prada através de uma porta anônima – não há nome de empresa, placa identificativa, absolutamente nada de ostensivo – e somos cumprimentados por um segurança vestido de cinzento. Tudo é cinzento: o escritório, o hall de entrada, os edifícios das fábricas em redor e boa parte dos automóveis ali estacionados. O único sinal exterior do local em que estamos é justamente o fato do segurança, assinado pela Prada”. Não é preciso mais. O extremo da sedução é não precisar seduzir.
Wikipédia.
PRADA.
Prada | |
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Tipo | Privada |
Fundação | 1913 |
Sede | Milão, na Itália |
Pessoas-chave | Mario Prada fundador Miuccia Prada Patrizio Bertelli Vincenzo Prada |
Produtos | moda e acessórios de luxo |
Página oficial | www.prada.com |
Prada é uma marca italiana de moda, considerada um símbolo de luxo e status. No início de sua história, a grife era especializada em malas de viagem, bolsas e artigos de couro. Porém, tudo mudou quando a direção de arte da marca passou para as mãos da neta de seu dono, Miuccia Prada, que assumiu os negócios da família em 1978, transformando a Prada numa lançadora de tendências e produtora de “conceitos”.A estilista, em sua juventude, participou de movimentos estudantis e quis trazer para suas coleções uma mulher inteligente, bem informada, ousada e inovadora, bem diferente do estilo feminino e sensual pregado pelo seu conterrâneo Gianni Versace.
Logo em seu primeiro desfile de prêt-à-porter, Miuccia causou impacto e ganhou importância. A editora da Vogue americana, Anna Wintour, chegou a declarar que “Prada é o único motivo para alguém assistir à temporada de moda em Milão”.Essa grife italiana de luxo também possui outras marcas, como a Miu Miu, voltada para um público mais jovem. A grife foi mencionada em obras como o livro O Diabo Veste Prada, tanto no próprio título quanto nas roupas que os personagens usaram em sua adaptação para o cinema. Também comercializa perfumes em colaboração com a companhia espanhola Puig.
Origem: Wikipédia.