Ao final da postagem, algumas das nossas fotos.
Marrakech é a segunda maior cidade do Marrocos, após Casablanca, e era conhecida pelos antigos viajantes como “Cidade do Marrocos”. Antes da chegada dos almorávidas, no século XI, a região era governada a partir da cidade de Aghmat. Quando decidiu erguer uma nova capital, o chefe almorávida, Abu Bakr ibn Omar (Abu Becre), escolheu construí-la na planície, em local neutro entre o território de duas tribos que competiam pela honra de receber a nova cidade. Os trabalhos começaram em maio de 1070, mas Abu Becre foi chamado a extinguir uma revolta no Saara em janeiro de 1071, de maneira que Marrakech foi terminada pelo seu substituto e futuro sucessor, Iuçufe ibn Tachfin. O apogeu da cidade deu-se sob a direção de Abu Yusuf Ya’qub al-Mansur, terceiro califa almóada, que iniciou a construção da mesquita de Kutubia e de uma nova casbá.
Antes do reinado de Moulay Ismail, Marrakech era a capital do Marrocos. Durante séculos, Marrakech foi conhecida por seus “sete santos“. Quando o sufismo estava no auge de sua popularidade, no reinado de Moulay Ismail, fundou-se o festival dos sete santos. Os túmulos de diversas pessoas de renome foram transferidas para a cidade, de modo a atrair peregrinos. Os “sete santos” incluem Sidi Bel Abbas (padroeiro da cidade), Sidi Muhammad al-Jazuli, Sidi Abu al-Qasim Al-Suhayli, Cadi Ayyad ben Moussa e Abdallah al-Ghazwani.
No final do século XVII, a atual dinastia alauíta sucedeu aos saadianos. O trono foi sucessivamente transferido para Fez e para Meknès.
Na primeira metade do século XX, a cidade foi controlada por Thami El Glaoui, senhor do Atlas e paxá de Marrakech. A instauração do Protetorado Francês do Marrocos em 1.912 pôs termo a um período de guerras civis.
Marrakesh mostra porque é considerada a cidade mais badalada do país – não à toa, o estilista Yves Saint-Laurent (1936-2008) passava temporadas na casa que comprou lá. Também ao cair da tarde, é hora de alugar uma caleche (ou carruagem) e fazer um passeio noturno que, invariavelmente, termina na célebre praça Djemaa el-Fna, onde, dizem, tudo acontece. Barraquinhas de comida misturam-se com encantadores de serpente, músicos, acrobatas, contadores de histórias… Prepare um trocado: você se aproxima e eles pedem uma gorjeta. Durante o dia, é a hora ideal para visitar museus, a medersa (escola corânica) Ben Youssef, os Jardins de Marrakesh, palácios e mesquitas. Marrakesh possui os resorts mais luxuosos, os spas mais bacanas, as lojas mais transadas e os souqs (mercados) mais atraentes do país, portanto prepare-se para esbarrar com hordas de turistas na alta estação. Na hora de barganhar, não esqueça a dica: em geral, o preço do vendedor é o dobro de seu valor real.