Se alguém tivesse a oportunidade de entrar no meu closet, hoje, o que acha que veria?

Explico: uma sapateira para sapatos altos, médios e baixos e botas curtas, médias e longas; uma bolsaria (para acomodar minhas bolsas); algumas prateleiras de vidro para colocar as bolsinhas de festa; camisetas básicas, e não tão básicas também;macaquinhos para o verão e macacões; suéteres de cashmere de várias cores; vários vestidos pretos com e sem brilho, e outros em cores e florais; vestidos de festa; muitos jeans e calças de alfaiataria; casacos de pele curtos, médios e longos; casacos e casacões de lã de várias cores e comprimentos; uma infinidade de lenços, cintos e camisetes de várias cores; camisas sociais de tecidos diferentes, camisas para o dia-a-dia, adoro as brancas lisas, batas, tricôs,  pachiminas; jaquetas e calças de couro de várias cores; casaquetos de veludo, de lã, de pele e de tricô;  bolerinhos de tecido, de pele, de jeans e de seda; saias curtas e longas; vestidos longos; blusões de lã; agasalhos mais quentes, tipo jaquetões de plumas de ganso, de várias cores, para viajar onde há neve ou é muito frio; chapéus tanto para o calor, como os de pele para o frio; gabardines de várias cores e comprimentos; capa de chuva para colocar na bolsa; guarda-chuva e sombrinhas de bolsa; bonés; luvas de lã e de couro; óculos, tiaras, prendedores de cabelo, relógios, meias curtas, compridas, finas, grossas, rendadas, etc, um conjunto de saia e casaco preto, bem comportado, com o véu que comprei em Roma, para sermos recebidos pelo Papa João Paulo II;  dois nichos só para perfumes e cremes; espelhos nas paredes, etc. Já me perguntei porque tudo isso está comigo uma estação após a outra. A resposta que encontrei é que são peças que posso usar com segurança. Cada uma me conforta quando estou desanimada, triste, cansada e cada uma delas eleva a minha confiança às alturas, quando me sinto bem, bonita e feliz. Cada coisinha que tem dentro do meu closet tem um lugar dentro do meu coração. Cada uma representa o meu estilo, a sequência da minha vida. Com tudo isso, eu me sinto clássica, moderna, estilosa, diva, garotinha às vezes, e não há substituto algum para esse sentimento. Meu estilo é a expressão por demais pessoal de quem Eu Sou a Biloka, e  sempre que me visto, reafirmo essa parte de mim. Enfim, é a história de parte da minha vida que está guardada lá dentro. E se algumas pessoas pensam que luxo é o oposto da miséria: não é. É o oposto do vulgar, como dizia Coco Chanel.